“Para Onde Foi o Meu Corpo??” Descubra no Seixal

“Para Onde Foi o Meu Corpo??” Descubra no Seixal

A peça de teatro “Para Onde Foi o Meu Corpo?” é uma produção intrigante que promete levar o público a uma reflexão profunda sobre a identidade e a existência. A obra, encenada por Maria João Luís, explora a vida de um jovem chamado Boyle, que se vê diante de uma situação inusitada: a perda do seu corpo. Este drama contemporâneo, que será apresentado entre os dias 7 e 10 de maio no Auditório Municipal Fórum Cultural do Seixal, desafia as convenções e provoca questões sobre a realidade e a virtualidade.

A Jornada de Boyle: Um Encontro com o Desconhecido

Boyle, um jovem da geração Z, é confrontado com um evento inesperado que altera completamente a sua percepção de si mesmo. A sua história começa com a sensação de que algo não está certo. Ele experimenta sintomas estranhos, como a perda de partes do seu corpo, que se manifestam através de sensações físicas perturbadoras. A sinopse da peça leva-nos a refletir sobre como as experiências quotidianas podem transformar-se em crises existenciais.

A Perda do Corpo e a Crise de Identidade

A narrativa aprofunda-se na ideia de que a perda do corpo não é apenas física, mas também psicológica. Boyle vê-se preso num ciclo de incertezas, onde a sua identidade se fragmenta. A peça lembra-nos que, num mundo cada vez mais digital, onde as interações humanas se dão, muitas vezes, através de telas, a noção de corpo e presença torna-se nebulosa.

A Identidade Virtual: Boyle_Two_Thousand

Com a ascensão das redes sociais e dos jogos online, Boyle cria uma versão digital de si mesmo, chamada Boyle_Two_Thousand. Esta nova identidade virtual permite que explore aspectos da sua personalidade que o mundo real não lhe permite. No entanto, esta dualidade gera um conflito interno, pois a sobrevivência de Boyle_Two_Thousand depende da existência do Boyle real.

A Interação entre Realidade e Virtualidade

A peça destaca a interconexão entre a vida real e a vida digital, onde a linha que separa ambas se torna cada vez mais ténue. Boyle_Two_Thousand torna-se uma forma de escape, uma maneira de lidar com a dor da realidade. Contudo, esta fuga tem as suas consequências, pois a perda do corpo físico implica também a perda de conexões humanas genuínas.

  • A Dualidade da Identidade: A criação de Boyle_Two_Thousand representa um desejo de liberdade, mas também uma armadilha.
  • Conexões Virtuais vs. Conexões Reais: A peça provoca uma reflexão sobre a qualidade das interações que ocorrem no espaço digital.

O Papel dos Algoritmos na Vida de Boyle

A narrativa complica-se ainda mais quando Boyle menciona ter “apanhado uma espécie de piolhos, chamados algoritmos”. Esta metáfora poderosa sugere que os algoritmos, que moldam as nossas experiências online, podem ter um impacto profundo na nossa saúde mental e emocional. A peça leva-nos a questionar até que ponto somos controlados por forças externas que influenciam as nossas decisões e percepções.

A Encenação e a Produção

A peça “Para Onde Foi o Meu Corpo?” conta com uma encenação cuidadosa de Maria João Luís, que dá vida à complexidade da história de Boyle. A cenografia, criada por Daniela Cardente, complementa a narrativa, criando um ambiente que reflete a confusão e a busca pela identidade.

A música de Tó Trips adiciona uma camada emocional à peça, intensificando a experiência do público. A combinação de elementos visuais e sonoros cria uma atmosfera envolvente que transporta os espectadores para o mundo interno de Boyle.

Detalhes do Evento

Esta peça vai estar entre os dias 7 e 10 de maio no Auditório Municipal Fórum Cultural do Seixal, às 21:30. Tem a duração de 75 minutos e os bilhetes estão disponíveis online por 10 euros.

“Para Onde Foi o Meu Corpo?” é uma produção que desafia o público a refletir sobre a natureza da identidade e a importância das conexões humanas. Através da jornada de Boyle, somos convidados a considerar como a tecnologia e as pressões sociais influenciam nossa percepção de nós mesmos.

É uma peça que não apenas entretém, mas também provoca uma reflexão profunda sobre como podemos reconectar com a nossa essência num mundo que frequentemente nos desumaniza. No final, a mensagem é clara: a busca pela identidade é uma jornada contínua, e cada um de nós deve esforçar -se para encontrar e preservar o que nos torna verdadeiramente humanos.

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