O Festival de Teatro do Seixal 2025 está de regresso entre 13 e 23 de novembro, prometendo mais de uma dezena de espetáculos com entrada gratuita em vários espaços culturais e associativos do concelho. Organizado pela Câmara Municipal do Seixal, o evento celebra a sua 42.ª edição, reforçando o compromisso do município com a democratização da cultura e a valorização das artes performativas.
Durante dez dias, o festival transforma o Seixal num grande palco aberto à comunidade, onde se cruzam companhias nacionais, grupos locais e artistas independentes. A programação combina teatro contemporâneo, criação coletiva, infantojuvenil e performances inclusivas, oferecendo propostas para todos os públicos e idades.
Cultura acessível a todos
Um dos principais destaques do Festival de Teatro do Seixal 2025 é o acesso gratuito a todos os espetáculos. A autarquia volta a apostar numa política cultural inclusiva, garantindo que ninguém fica de fora por motivos económicos.
Além disso, o festival apresenta várias sessões com tradução em Língua Gestual Portuguesa (LGP) e audiodescrição, tornando o evento acessível a pessoas com deficiência auditiva e visual — um passo essencial rumo a uma cultura verdadeiramente aberta a todos.
Palcos espalhados pelo concelho
A edição deste ano é também marcada pela descentralização. Os espetáculos vão decorrer em diferentes espaços do concelho, levando o teatro até às comunidades locais:
- Auditório Municipal do Fórum Cultural do Seixal
- Cinema S. Vicente (Paio Pires)
- Associação de Amigos do Pinhal do General
- Sociedade Filarmónica União Arrentelense
- Escola Secundária de Amora, que receberá sessões dedicadas ao público escolar
Esta distribuição geográfica permite envolver um público mais vasto e reforçar a ligação entre o teatro e o território.
Temas que refletem o mundo atual
O Festival de Teatro do Seixal é reconhecido pela sua programação atenta às grandes questões do presente. A edição de 2025 aborda temas como as ameaças aos direitos e liberdades, a desinformação, o impacto do consumo no planeta, a identidade coletiva e a memória das gerações passadas.
Mais do que entreter, o festival procura provocar reflexão. As peças convidam o público a questionar o seu papel no mundo, num tempo em que a arte é cada vez mais necessária para compreender o que nos rodeia.
Destaques da programação
O evento arranca no dia 13 de novembro, no Auditório Municipal do Fórum Cultural do Seixal, com “Burn Burn Burn (Os Possessos)”, uma criação inspirada no clássico “Fahrenheit 451” de Ray Bradbury.
No dia 14, o Cinema S. Vicente recebe “Ode aos Meus Homens ou O Maior Silêncio do Mundo”, da Teatro Bravo Companhia.
No dia 15, a Associação de Amigos do Pinhal do General apresenta “No Tempo em Que Não Podia Voar”, da companhia Lua Cheia – Teatro para Todos, um espetáculo destinado a famílias e público infantojuvenil.
Até 23 de novembro, o público poderá ainda assistir a produções como “Somos Todas Baba Yaga” e “O Estado do Mundo (quando Acordas)”, entre muitas outras propostas que integram o programa oficial.
A programação completa e informações detalhadas sobre cada espetáculo podem ser consultadas no site oficial da Câmara Municipal do Seixal em www.cm-seixal.pt.
Atividades paralelas e encontros com o público
Além das peças em cena, o festival inclui tertúlias, oficinas e encontros com artistas, que convidam à participação ativa do público. Um dos momentos mais esperados é a Tertúlia Poética com Maria João Luís, no Teatro da Terra, na Torre da Marinha.
Estas iniciativas procuram aproximar criadores e espectadores, estimulando o debate e a partilha de experiências, numa lógica de cidadania cultural.
Um festival com identidade e futuro
O Festival de Teatro do Seixal é uma referência no panorama cultural da Margem Sul. Ao longo de mais de quatro décadas, tem consolidado a sua identidade como um evento que valoriza o teatro de intervenção, o envolvimento comunitário e a proximidade com o público.
Em 2025, a aposta na gratuitidade, na inclusão e na descentralização reforça a visão do município: cultura não é luxo, é direito.



