No próximo triénio, até 2027, o concelho de Setúbal tem previsto receber cerca de 3 mil milhões de euros em investimentos privados, anunciou o autarca setubalense, André Martins, durante a Assembleia Municipal Extraordinária que decorreu no passado dia 31 de Outubro.
Os valores em causa, são, nas palavras do edil, inéditos na história do concelho e uma oportunidade de desenvolvimento única.
Mas não é só de investimento privado que se fazem as contas futuras do concelho; o programa Recuperar Portugal, no âmbito do P.R.R – Programa de Recuperação e Resiliência da União Europeia, tem previstos a alocação de fundos europeus, tendo em vista a modernização e crescimento do concelho e da região.
Três eixos fundamentais têm alguns dos seus projectos aprovados tendo sido já formalizados os contratos de comparticipação.
O programa de apoio ao acesso à habitação que visa no curto, médio e longo prazos, resolver problemas há muito sinalizados no parque habitacional do concelho, sendo exemplos desta intervenção, a reabilitação de fogos no Bairro da Manteigadas, Forte da Bela Vista, Bela Vista e Bairro da Alameda das Palmeiras, cujos prazos de conclusão estão previstos para o verão de 2025.
Em matéria de acessibilidade, destacamos, a estrada nacional 10-4, que liga Setúbal ao complexo industrial da Mitrena, na Península da Mitrena, cuja gestão passou recentemente para a competência do município.
Considerada a principal zona industrial do concelho de Setúbal e uma das mais importantes do distrito e do país, a sua importância é atestada pela densidade industrial e pela presença de algumas das maiores empresas nacionais, nomeadamente a Navigator Company, a Lisnave, o Grupo Sapec, a Allstom/GE Power, etc. Além destas, destaca-se a área de gestão da APSS, os seus terminais logísticos e ainda um vasto conjunto de empresas instaladas no Parque Industrial Sapec Bay e no Loteamento Industrial da Mitrena.
Por último, o terceiro pilar do horizonte de investimentos; o domínio da coesão urbana, comunitária e de valorização do território.
O Plano de Ação da Operação Integrada Local (OIL) é um instrumento de planeamento participativo de intervenção nas comunidades desfavorecidas, ou seja, que confere aos cidadãos e cidadãs residentes no território a possibilidade de desempenharem um papel ativo no processo de planeamento, nomeadamente na definição das ações e medidas a desenvolver, com a finalidade de promover a inclusão social.
É visível no horizonte de Setúbal um conjunto profundo de mudanças, estruturais, cujo fito é o solucionar de problemas há muito sentidos e denunciados pelos setubalenses, como de resto, foi enunciado pelos vereadores na Assembleia Municipal Extraordinária da edilidade.
Estão a ser previstas e acauteladas, entre diversas entidades não só através do P.R.R e do Programa Portugal 2030, como também do avultado investimento privado a ser alocado ao município de Setúbal nos próximos três anos.
Muito a mudar na bacia do Sado.