A poucos dias de comemorar 114 anos de história, o Vitória Futebol Clube celebrou, esta semana, a mais importante vitória da sua conturbada história recente, ao ver o seu Plano de Recuperação (PIRE) aprovado. Significa isto que os credores do emblema sadino, deram “luz verde” ao plano de consolidação financeira proposto pelo clube.
No passado dia 3 de outubro, a votação da última assembleia de credores, ficou pendente por faltarem as decisões dos dois maiores credores. Por um lado a Parvalorem – veículo financeiro criado em 2010 para gerir os ativos problemáticos do antigo Banco Português de Negócios (BPN), é detentora mais de metade do capital em dívida cerca de 14 milhões de euros de um total de 21 milhões de euros.
A segunda entidade que aprovou o PIRE do Vitória é o Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social. A homologação do PIRE é a etapa que se segue deste processo que, segundo o Presidente do Vitória, é uma importante batalha ganha mas não o fim destes que “têm sido anos desafiadores, marcados por uma luta constante contra adversidades que parecem insuperáveis”, como de resto se pode ler no comunicado partilhado pela direção sadina.
O clube, que é o sexto com mais participações na Liga (72), que detém três Taças de Portugal, a primeira Taça da Liga e que espalhou muito e bom futebol pela Europa em épocas passadas, milita agora na Série 2 do Campeonato de Portugal, apesar de, por exemplo, ter garantido o acesso à Liga 3 dentro das quatro linhas, na época transata.
Contudo o acesso ao terceiro escalão do futebol nacional foi negado aos vitorianos por alegadamente não ter sido apresentada declaração emitida pela Segurança Social de forma a evidenciar a situação contributiva devidamente regularizada, o que terá resultado no incumprimento de um dos critérios financeiros.
Através dos desenvolvimentos desta semana, o Vitória Futebol Clube, Setúbal e o futebol nacional, esperam um bom fim para as penosas desventuras sadinas.
