Nasceu na cidade de Setúbal a 9 de Março de 1874. A sua vida, rica e variada, ficou também marcada pelos cargos de cônsul de Portugal no Maranhão, estado do Pará, Brasil, e ainda em Cardiff e Liverpool, no Reino Unido.
No Brasil destacou-se como jornalista, professor, historiógrafo, geógrafo, orador e diplomata. Foi lente do Liceu Maranhense, professor honoris causa da antiga Faculdade de Direito do Maranhão, sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão.
Pertenceu, ainda, aos Institutos Históricos de Bahia, Pará e Pernambuco, foi sócio correspondente das Academias de Letras de Alagoas e Piauí, da Academia de Ciências de Lisboa, e membro das Sociedades de Geografia de Lisboa e do Rio de Janeiro. Desempenhou também as funções de secretário da Presidência da República e da Comissão de Fomento da Exploração Portuguesa. Falamos de Manuel Francisco Pacheco ou Fran Paxeco.
Assinou mais de 70 títulos ligados sobretudo à História, Literatura e Economia que foram, muitos deles, depois publicados em jornais, revistas e livros. Fran Paxeco teve também carreira como jornalista tendo começado por trabalhar no “Gazeta Setubalense”. Fundou o jornal “Elmano” com apenas 16 anos. Foi durante anos o proprietário e director do jornal O SETUBALENSE.
Na viragem do século XIX para o XX, mais rigorosamente, em 1894, integrou a redação de política de “A Vanguarda”, à época de Narciso Rebelo Alves Correa, naquele que era considerado “o mais independente e inflamado jornal da época”.
Tudo isto e muito mais poderá ser descoberto até 22 de Fevereiro, sobre uma das mais significativas e distinguidas figuras da história de Setúbal, na mostra “150 Anos do Nascimento | Fran Paxeco – Vida e Obra”, exposta na Galeria Municipal do 11.
As visitas são gratuitas e podem decorrer de terça-feira a sábado das 11 às 13 horas e das 14 às 18 horas – a Galeria está encerrada aos domingos, segundas-feiras e feriados.
Não perca a oportunidade de descobrir mais sobre tão singular personalidade sadina.