Sines: de e para o Mundo

O caminho para o comércio global verdadeiramente mais sustentável do século XXI dará passos significativos ao longo dos próximos cinco anos. Como? Através do acordo celebrado entre Portugal e a Namíbia, mais concretamente entre a Administração dos Portos de Sines e do Algarve (APS) e a Namibian Ports Authority (Namport). 

O Memorando de Entendimento visa criar um corredor logístico verde, assente em sustentabilidade energética e ambiental, não deixando de lado a componente digital. Este Memorando de Entendimento, agora assinado, está enquadrado na iniciativa Global Gateway da Comissão Europeia, que disponibiliza 300 mil milhões de euros para investimentos em infraestruturas sustentáveis e posiciona o Porto de Sines como um hub logístico europeu estratégico.

A estratégia Global Gateway visa criar ligações sustentáveis e de confiança em benefício das pessoas e do planeta. Permitindo enfrentar os desafios globais mais prementes, desde a luta contra as alterações climáticas à melhoria dos sistemas de saúde e ao reforço da competitividade e da segurança das cadeias de abastecimento mundiais. 

Esta estratégia é o contributo da UE para reduzir o défice global de investimento a nível mundial, estando em consonância com o compromisso assumido pelos líderes do G7 de junho de 2021 de lançar uma parceria de infraestruturas baseada em valores, transparente e respondendo a padrões elevados, a fim de satisfazer as necessidades mundiais em matéria de desenvolvimento de infraestruturas. 

A Global Gateway está também plenamente alinhada com a Agenda 2030 das Nações Unidas e os seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, bem como com o Acordo de Paris. A sua localização geoestratégica e características naturais, sobretudo por ser de águas profundas e constituir-se como infraestrutura crítica, fazem de Sines um ponto-chave para o desenvolvimento deste projeto.

Voltando ao Memorando celebrado entre Portugal e a Namíbia importa também referir que este país do sul de África se destaca  pelo seu potencial na produção de energia limpa, com especial foco no hidrogénio verde (H2 verde). Os portos de Walvis Bay e Lüderitz assumem um papel central nesta parceria, facilitando a exportação de matérias-primas críticas, combustíveis sintéticos e hidrogénio verde.

Esta colaboração, válida por cinco anos, pretende fortalecer as relações comerciais e institucionais entre os dois países, consolidando-os como hubs energéticos estratégicos no Atlântico. Além disso, promove a criação de um corredor logístico que facilitará a movimentação de produtos essenciais para a transição energética global.

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