As contas eleitorais do Distrito de Setúbal

No rescaldo das eleições legislativas do passado dia 18 de Maio, a sua Margem Sul, traz-lhe uma análise dos resultados eleitorais no distrito de Setúbal e um comparativo com as eleições legislativas de Março de 2024.


O distrito de Setúbal acompanha a tendência verificada no país em geral e no sul, em particular, apresentando uma significativa viragem à direita, com o natural destaque para a vitória do partido Chega, liderado por André Ventura.


Se em Março do ano passado o Chega alcançou o segundo lugar, com um total de 102.077 votos e uma percentagem de 20,31%, desta vez, tanto o número de votos expressos, como a percentagem total, aumentaram significativamente para 129.569 a que correspondem 26,38% do eleitorado que exerceu o seu direito de voto, registando-se um acréscimo de 27.492 votos.


Tendo o Chega, encabeçado por Rita Matias, no nosso círculo eleitoral, vencido nos concelhos da Moita, Montijo, Palmela, Seixal, Sesimbra, Setúbal e Sines, ou seja, dos 13 concelhos que constituem o distrito de Setúbal, o Chega venceu em sete. À vitória obtida correspondem seis mandatos de deputados para a nova configuração da Assembleia da República.


O Partido Socialista, que desde 1995 vencia o distrito de Setúbal de forma consecutiva, é remetido para o segundo lugar com 122.679 votos, 24.97%. A diferença de votos face a 2024 é significativa com uma perda de quase 34.500 votos.

A Aliança Democrática (AD) que venceu as eleições legislativas, a título nacional, permaneceu no terceiro lugar. Encabeçada por Teresa Morais a lista conjunta de PSD/CDS, manteve-se como a terceira força política no distrito, tendo registado um acréscimo no número de votos recebidos, passou de 86.297 para 103.181, alcançado assim o número de cinco mandatos, em igualdade com o PS.


Com um mandato ganho cada, ficaram dois partidos e uma coligação. Neste grupo e com o maior número de votos recebidos, ficou a Coligação Democrática Unitária (CDU) formada pelo Partido Comunista Português e o Partido Ecologista “Os Verdes” que recebeu 34.956 votos, 7,12%, tendo perdido cerca de 3.800 votos, em relação ao último acto eleitoral legislativo.


O penúltimo mandato atribuído pelo distrito de Setúbal foi para o Livre que ultrapassou a Iniciativa Liberal. Paulo Muacho renovou o seu mandato na Assembleia da República ao conseguir o número redondo de 28.700 votos e 5,84% em percentagem dos mesmos. Joana Cordeiro, da Iniciativa Liberal, chega ao Parlamento ao conseguir pouco mais de 27.000 votos a que correspondem cerca de 5,51% do eleitorado participante. Um ganho de 116 votos.


Fora das contas por mandatos ficou o Bloco de Esquerda, que no espaço de tempo de pouco mais de um ano passou de 5ª para 7ª força política em Setúbal, registando uma perda de 17.093 votos, tendo perdido mais de metade da percentagem conseguida em 2024.

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