Foi preenchida a Assembleia Geral (AG) do Vitória Futebol Clube, mais conhecido como Vitória de Setúbal, que teve lugar na passada segunda-feira, dia 23. Dos documentos aprovados, contam-se o relatório de gestão e contas do exercício de 2023, que recebeu 128 votos a favor, 14 abstenções e quatro contra e também o orçamento de receitas e despesas elaborado pela Comissão de Gestão para o ano de 2025 cifrando-se os votos favoráveis nos 201, as abstenções nos 18 e os votos contra com apenas um.
O Vitória de Setúbal, que atravessa anos de profundas dificuldades e cuja equipa de futebol compete atualmente na segunda divisão distrital da associação de Setúbal, é liderado por uma Comissão de Gestão presidida por Carlos Silva, depois de nenhuma lista se ter apresentado às eleições para os órgãos sociais do clube no triénio 2024-2026, em Novembro.
Contudo, o grande tema da noite da AG dos sadinos, realizada no pavilhão Antoine Velge, situado no complexo do Estádio do Bonfim, foi a votação da proposta de aquisição de duas parcelas de terreno, a destacar do Complexo Desportivo do Bonfim.
O negócio, foi aprovado com 179 votos a favor (80%), 36 votos contra (16%), um nulo e oito em branco. A decisão, agora tomada pelos sócios, prevê a alienação de bens imóveis nos topos norte e sul do Bonfim e, segundo David Leonardo, presidente da Mesa da Assembleia Geral (MAG) à Lusa, “permite assegurar o cumprimento do plano de recuperação (PIRE) recentemente aprovado pelos credores do clube”.
O momento é de capital importância, uma vez que sem esta decisão não seria possível cumprir o plano de recuperação. Sem este, o clube seria inevitavelmente liquidado e extinto.
Há, no entanto, etapas a cumprir para a concretização do projeto urbanístico residencial como é o caso do licenciamento camarário. Embora aqui reine a esperança e expectativa fundadas de que a Câmara Municipal de Setúbal irá assegurar que o superior interesse do Vitória será conjugado com a defesa da malha urbana e as pretensões do adquirente.