O cardeal D. Américo Aguiar anunciou no passado dia 29 de Dezembro, o perdão das dívidas à Diocese de Setúbal, como forma de assinalar o Jubileu convocado pelo Papa, que se inaugurou solenemente no último domingo de 2024. Uma das propostas do Papa para o Jubileu 2025, que é dedicado ao tema da esperança, em todas as dioceses católicas, é o perdão das dívidas dos países mais pobres – um gesto que remete à origem dos jubileus na Bíblia.
D. Américo Aguiar, exortou ao perdão, na medida do que seja possível financeiramente, das dívidas e recordou ainda que Setúbal está a viver um duplo ano jubilar: por um lado, o Ano Santo de 2025 e por outro a comemoração dos 50 anos da criação da diocese.
Contudo o Jubileu 2025, não está apenas focado na mensagem e exortação sobre o perdão das dívidas, sejam estas entre países ou entre pessoas. Há uma outra e que diz respeito à população prisional e que o bispo de Setúbal recordou: a bula de proclamação do Jubileu 2025, do Papa Francisco, defende uma amnistia para os presos, como sinal de “esperança” e visando a sua reinserção na sociedade.
“A amnistia em torno da JMJ Lisboa 2023 ao contrário do desejado, ficou infelizmente a marcar negativamente tantas irmãs e irmãos… peço, exorto aos nossos ilustres parlamentares que possam refletir e equacionar uma amnistia no contexto deste Jubileu Universal e dos 50 anos da democracia.”
Na bula de proclamação do 27.º jubileu ordinário da história da igreja, intitulada ‘Spes non confundit’ , “A esperança não desilude”, o Papa Francisco propõe um cessar-fogo global e o já referido perdão das dívidas aos países pobres.
“Que o primeiro sinal de esperança se traduza em paz para o mundo, mais uma vez imerso na tragédia da guerra”, escreve Francisco, que defende também uma amnistia para os presos, como sinal de esperança individual e colectiva.