Moita, Montijo e Seixal querem a terceira ponte sobre o Tejo

Os presidentes de três Câmaras Municipais da Margem Sul, Moita, Montijo e Seixal Carlos Albino, Maria Clara Silva e Paulo Silva, respetivamente, reuniram-se com o Secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Espírito Santo, no final do corrente mês. Nesta reunião, o tema discutido entre as diversas entidades camarárias e tutela foi a construção da futura ponte de ligação entre as duas margens do Tejo, investimento anunciado pelo Governo aquando da comunicação da decisão de localização do futuro aeroporto no Campo de Tiro. Nomeadamente os estudos sobre as valências e principais características topológicas da Terceira Travessia sobre o Tejo no eixo Chelas-Barreiro.

Tanto a ideia como a necessidade de uma nova ponte, não sendo novas, são também cada vez mais urgentes. Uma ponte que possa aliviar o trânsito sentido nas pontes 25 de Abril e Vasco da Gama em horas de ponta e que seja uma entrada mais próxima para as pessoas que vivem no concelho do Barreiro.

Para o edil seixalense, Paulo Silva, a futura infraestrutura deve ter duas componentes: rodoviária e ferroviária. Para além deste binómio, esta infraestrutura deverá estar associada à construção de uma outra ponte rodoviária que ligue os municípios do Seixal e Barreiro. O objetivo da proposta seria encurtar a distância entre os dois concelhos, separados por 16 quilómetros. 

Esta hipotética futura ponte, encurtaria a distância entre os dois concelhos na medida em que passaria a ser apenas necessário percorrer 400 metros, uma enorme diferença, que se traduziria numa significativa poupança não só de tempo como também de recursos económicos.

A decisão, a ser tomada até ao final deste ano, terá em conta os argumentos apresentados pela Câmara Municipal em defesa da ponte rodoferroviária e da construção da ponte Seixal/Barreiro. Caso sejam aceites pelo Governo, estas infraestruturas, fundamentais para o desenvolvimento da região e do País, tornar-se-ão uma realidade e dissiparão algum do desconforto suscitado pela intenção de o Governo avançar com a criação de uma sociedade para a reabilitação da Área Metropolitana de Lisboa (AML). 

Este anúncio feito pelo primeiro ministro Luís Montenegro, no encerramento do congresso nacional do PSD, em Braga. A situação causou algum desconforto entre os autarcas da região, não só por não terem sido informados previamente como também pelo receio de que o projeto anunciado possa, em alguma medida, comprometer os investimentos decididos pelo anterior Governo, socialista, para todo o Arco Ribeirinho Sul.

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