Transtejo estreia navios elétricos entre Cacilhas e Cais do Sodré

Transtejo estreia navios elétricos entre Cacilhas e Cais do Sodré

A travessia mais emblemática do Tejo entra numa nova era. A Transtejo iniciou a operação dos seus primeiros navios totalmente elétricos na ligação entre Cacilhas (Almada) e o Cais do Sodré (Lisboa), inaugurando um novo capítulo na mobilidade fluvial metropolitana.

Desde segunda-feira, 3 de novembro, esta rota voltou também ao horário normal de dias úteis, após mais de um ano de ajustes provocados por limitações operacionais. Duas boas notícias que prometem transformar o dia a dia de milhares de passageiros.

Uma nova fase na mobilidade entre Almada e Lisboa

Com a chegada dos novos navios, a Transtejo vai aumentar em 38 o número de carreiras diárias, oferecendo mais 75 mil lugares por mês. A medida responde à procura crescente e alivia as horas de maior afluência.

Os novos barcos elétricos são também sinónimo de viagens mais confortáveis e silenciosas. A ausência de motores a diesel reduz significativamente o ruído e a vibração, tornando a travessia mais agradável para quem trabalha, lê ou simplesmente aprecia a paisagem sobre o Tejo.

Além do conforto, há uma dimensão ambiental clara: os novos navios são 100% elétricos, contribuindo para uma mobilidade mais limpa e eficiente.

Navios elétricos: menos emissões, mais sustentabilidade

A nova frota apresenta um design moderno e funcional: 40 metros de comprimento, 12 de largura e capacidade para 540 passageiros e 20 bicicletas. O transporte de bicicletas é uma aposta clara na mobilidade intermodal, facilitando a combinação com comboio, metro ou autocarro.

Embora a operação ainda seja mista, com alguns navios a diesel, a empresa garante que o objetivo é alcançar uma operação 100% elétrica em todas as ligações fluviais nos próximos anos.

O impacto ambiental é expressivo: estima-se uma redução significativa das emissões de CO₂, reforçando o compromisso da Transtejo com a transição energética e as metas de neutralidade carbónica até 2050.

Horário normalizado e travessias mais frequentes

Após mais de um ano com horários reduzidos, a travessia Cacilhas–Cais do Sodré volta ao regime de dias úteis. A Transtejo assegura que esta reposição vai permitir maior previsibilidade e regularidade das partidas, especialmente nas horas de ponta.

A atualização completa dos horários já está disponível nos terminais e no site oficial da empresa, permitindo aos passageiros planear com antecedência as suas deslocações.

Para os milhares de utentes que dependem desta ligação, a mudança significa menos tempo de espera e maior fiabilidade nas viagens diárias.

O Tejo como eixo de mobilidade sustentável

A ligação entre Cacilhas e o Cais do Sodré é a mais movimentada do sistema fluvial do Tejo, transportando mais de 20 mil passageiros por dia. A eletrificação da frota tem, por isso, impacto direto na qualidade de vida e nas rotinas da população da Margem Sul.

Almada assume um papel pioneiro nesta transformação, reforçando o seu contributo para uma mobilidade urbana verde e acessível. O Tejo deixa de ser uma barreira física e afirma-se cada vez mais como um corredor ecológico que liga Lisboa e Margem Sul.

O que muda para os utilizadores

  • +38 viagens diárias e +75 mil lugares por mês
  • Menos ruído e vibração, mais conforto
  • Capacidade para 20 bicicletas por embarcação
  • Regresso ao horário de dias úteis, com partidas regulares
  • Menos emissões de carbono e operação mais sustentável

Estas mudanças posicionam o transporte fluvial como uma alternativa moderna e eficiente ao trânsito rodoviário, especialmente para quem se desloca diariamente entre as duas margens.

Um novo ciclo no Tejo

A estreia dos navios elétricos marca mais do que um avanço tecnológico: representa uma mudança de paradigma na forma como se vive, trabalha e circula na região metropolitana de Lisboa.

Com mais viagens, menos emissões e maior conforto, o Tejo torna-se símbolo de uma mobilidade inteligente — silenciosa, sustentável e integrada.

A Margem Sul reafirma-se como protagonista da transição energética, mostrando que o futuro pode ser elétrico… e começa aqui, nas águas do Tejo.

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