O Festival de Almada, um dos eventos culturais mais aguardados do verão na Margem Sul, abre as suas portas hoje, dia 4 de julho, com uma programação diversificada que promete encantar o público. Neste ano, a honra de inaugurar o festival cabe à companhia Formiga Atómica, com a apresentação da sua aclamada peça “Terminal (O Estado do Mundo)”. Mas antes disso, os visitantes poderão desfrutar de uma deliciosa refeição no Restaurante da Esplanada e apreciar o primeiro concerto do festival, com a melodiosa sonoridade do Cante Alentejano.
Formiga Atómica: Uma Década de Excelência Teatral
Fundada há 10 anos por Miguel Fragata e Inês Barahona, a Formiga Atómica tem-se destacado no cenário teatral português e internacional. Desde a sua estreia com “A Caminhada dos Elefantes” em 2013, a companhia já criou nove espetáculos, sendo que três deles possuem versões em francês, dois em espanhol e um em alemão. Esta expansão internacional demonstra o reconhecimento e o alcance da Formiga Atómica, que tem-se afirmado como uma das vozes mais importantes do teatro contemporâneo.
Terminal (O Estado do Mundo): Uma Reflexão sobre o Planeta
A peça “Terminal (O Estado do Mundo)”, escrita por Inês Barahona e encenada por Miguel Fragata, é o destaque da programação de abertura do Festival de Almada. Esta produção da Formiga Atómica convida o público a uma reflexão profunda sobre o estado do mundo em que vivemos. Através das histórias de cinco personagens, a peça aborda preocupações centrais relacionadas à iminência de um ponto de não retorno climático e as possíveis consequências para a humanidade.
Cante Alentejano: A Alma Sonora do Alentejo
Antes da apresentação de “Terminal (O Estado do Mundo)”, os visitantes do Festival de Almada poderão desfrutar da beleza do Cante Alentejano, um património cultural imaterial da UNESCO. Este estilo musical, enraizado na tradição do Alentejo, será apresentado na Esplanada da Escola D. António da Costa, numa sessão de entrada livre que promete encantar os presentes.
Liberdade! Liberdade! A Revolução no Teatro
Paralelamente às apresentações, o Festival de Almada também inaugura a exposição “Liberdade! Liberdade! A Revolução no Teatro”, na Sala Polivalente da Escola D. António da Costa. Esta mostra celebra a importância do teatro como veículo de transformação social, destacando os momentos históricos em que o palco se tornou um espaço de luta e resistência.
Um Sonho de Federico García Lorca em Lisboa
Logo após a inauguração da exposição sobre a revolução no teatro, o festival apresenta a instalação “Um Sonho de Federico García Lorca em Lisboa”, uma homenagem à companhia A Barraca. Esta iniciativa promete transportar os visitantes para o universo poético e simbólico do célebre dramaturgo espanhol.
Parcerias e Coprodução
A realização de “Terminal (O Estado do Mundo)” contou com o apoio de diversas instituições culturais, entre elas o Cine-Teatro São Pedro, o Lavrar o Mar, a RTP, o Teatro Municipal de Ourém, o Teatro Nacional D. Maria II, o Teatro Nacional S. João, o Teatro Virgínia, o Teatro Viriato, a ACERT, o Théâtre du Point du Jour e o Festival d’Avignon. Esta rede de colaborações demonstra o reconhecimento e a relevância da Formiga Atómica no cenário teatral.
Informações Adicionais
“Terminal (O Estado do Mundo)” será apresentado no dia 4 de julho, às 22h, no Palco Grande da Escola D. António da Costa. A peça tem classificação etária de M/14 e tem duração de 1 hora e 30 minutos. O elenco é composto por Anabela Almeida, Carla Galvão, Miguel Fragata, Vasco Barroso e, com música ao vivo, Hélder Gonçalves e Manuela Azevedo.
O Festival abre portas hoje, 4 de julho, com uma programação repleta de emoções e reflexões. Desde a sonoridade envolvente do Cante Alentejano até a profundidade da peça “Terminal (O Estado do Mundo)”, este evento cultural destaca-se pela sua capacidade de unir arte, entretenimento e consciência social. Ao celebrar 40 anos de história, o festival reafirma o seu compromisso com a excelência, a diversidade e a acessibilidade, consolidando-se como um dos principais destinos culturais do verão português.
