O Palacete Condes de Sampayo, em Alhos Vedros, no concelho da Moita, acolhe, até 27 de dezembro, a exposição “A Indústria Corticeira no Município da Moita – Finais do século XIX aos Anos 80 do Século XX”. Esta exposição retrata a importância do concelho da Moita, em especial Alhos Vedros, como polo corticeiro onde várias gerações de trabalhadores se dedicaram à transformação deste material.
A mostra destaca não apenas a relevância económica que esta indústria teve no concelho, mas também a memória coletiva e a luta dos trabalhadores corticeiros, que desempenharam um papel crucial no desenvolvimento da região.
A cortiça, para além da sua importância económica, é também um símbolo de património cultural que molda a identidade do município e do país. A exposição permite relembrar os primórdios e o valor da cortiça na economia nacional e local, mas também as histórias de resistência e a força do movimento operário corticeiro, cujos legados continuam vivos na história local, fortalecendo a memória e a identidade de todos aqueles que partilham a história desta indústria.
Através desta exposição, o Município da Moita reafirma o compromisso de valorizar o passado e as tradições que moldam a sua identidade, projetando um futuro assente na memória, na coesão e no reconhecimento do papel das suas comunidades.
Destacamos para além do importante conteúdo da exposição, o local onde esta decorre até ao final do ano: o antigo palacete do Morgado da Casa da Cova, que pertenceu aos Condes de Sampayo.
Este equipamento municipal dedicado à Cultura, reabriu nos finais de 2022, após obras de requalificação, tendo ficado funcionalmente ligado ao Moinho de Maré da Azenha, constituindo-se assim um único espaço cultural com versatilidade e condições para acolher projetos culturais e artísticos de diferentes naturezas e caraterísticas, desde exposições a conferências, passando por pequenos espetáculos.
