SAAL da terra em Grândola

Até 9 de Novembro a exposição “O SAAL em Grândola e o Direito à Habitação”, estará patente na Biblioteca e Arquivo da Câmara Municipal de Grândola (CMG). Esta exposição, nos 50 Anos do 25 de Abril de 1974, pretende também ser um espaço de reflexão e discussão públicas sobre habitação, qualidade de vida, cidadania, mas, acima de tudo, democracia. Assim sendo, a exposição tem associadas diversas atividades, estando previstas, até março de 2025, conversas, documentários e oficinas de expressão artística.

Mas o que era o SAAL? Explicamos: o SAAL, Serviço de Apoio Ambulatório Local, constituiu-se como uma medida de política pública criada e concretizada após o 25 de Abril de 1974. Tendo em conta a degradação das condições habitacionais das populações, e, mesmo, da sua ausência, os poderes públicos avançaram com um programa de escala nacional, liderado pelo arquitecto Nuno Portas.

Tratou-se de um programa ancorado em princípios democráticos de participação na criação de habitação, procurando estar de acordo com as vontades e necessidades das populações. Um habitat discutido e planeado com estas, em que foi relevante o papel de arquitetos no desenho das habitações, mas também na criação de identidade territorial e fortalecimento da coesão social.

De âmbito nacional, o SAAL, em Grândola traduziu-se no desenho, pela pena do Arquiteto Manuel Tainha e da construção dos Bairros Vale Pereiro I e II e do Bairro Unidos Venceremos, em Canal Caveira; um conjunto de complexos habitacionais que marcam a paisagem grandolense: 86 habitações no Bairro Vale Pereiro e 46 habitações em Canal Caveira, respetivamente. 

Manuel Tainha era, de resto, uma referência maior da arquitetura portuguesa, tendo sido distinguido com os Prémios AICA e Valmor, e condecorado em 2000 com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique pelo Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio.

Nos 50 Anos após o 25 de Abril de 74, “O SAAL em Grândola e o direto à habitação” pretende ser um espaço de reflexão e discussão públicas sobre habitação, qualidade de vida, cidadania, mas, acima de tudo, democracia. Neste contexto, a exposição tem associadas diversas atividades, estando previstas, até março de 2025, conversas, documentários e oficinas de expressão artística.

Com entradas gratuitas, a exposição “O SAAL em Grândola e o Direito à Habitação” está patente até 9 de Novembro, nos seguintes horários: de segunda a sexta, entre as 9h30 e as 19h00 e aos sábados entre as 10h00 e as 13h00. Não falte!



 

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