No próximo dia 22 de novembro, às 21h30, o Auditório Municipal Augusto Cabrita (AMAC), no Barreiro, vai tornar-se palco de uma experiência que desafia todas as convenções. A Soundpainting Barreiro Improv Big Band regressa para uma noite de criação ao vivo, em que som, corpo e imagem se fundem numa performance guiada inteiramente por gestos.
Aqui, não há partituras fixas nem falas decoradas. Tudo acontece no momento — diante dos olhos do público — através da linguagem universal da improvisação. O maestro Mário Abel, com um simples movimento de mãos, dirige músicos, atores e artistas visuais, transformando o palco num organismo vivo, em constante mutação.
A linguagem dos gestos
“Soundpainting” é o nome desta linguagem artística inventada nos anos 70 pelo compositor nova-iorquino Walter Thompson. É uma forma de comunicação feita por mais de 1.500 gestos codificados, que permitem ao diretor conduzir em tempo real o que acontece em palco.
Com cada sinal, o maestro indica ao grupo quando criar som, quando mover o corpo ou quando deixar o silêncio falar. O resultado é imprevisível: uma combinação de música, movimento e performance visual que nunca se repete.
No Barreiro, esta arte ganha vida nas mãos de um coletivo que une diferentes disciplinas. A direção musical está a cargo de Zé Monteiro, o movimento cénico é coordenado por Raquel Dias e as artes visuais são criadas por José Frutuoso. Cada um contribui para o mesmo objetivo: mostrar que a improvisação pode ser uma forma séria — e fascinante — de criação artística.
O AMAC como laboratório artístico
Com este espetáculo, o AMAC reafirma o seu papel como espaço de experimentação cultural na Margem Sul. A Soundpainting Barreiro Improv Big Band desafia o público a sair da sua zona de conforto, a deixar-se surpreender e a aceitar o risco do desconhecido.
Não é um concerto tradicional, nem um espetáculo de teatro convencional. É uma fusão entre disciplinas — um diálogo entre artistas e público. O que acontece no palco depende tanto de quem atua como da energia da sala. Cada gesto, cada reação, cada som é irrepetível.
É também uma forma de mostrar que a criação contemporânea tem lugar fora dos grandes centros urbanos. O Barreiro afirma-se, assim, como um território que acolhe novas linguagens artísticas e incentiva a curiosidade cultural.
Bilhetes e informações
O espetáculo tem início às 21h30 e é destinado a maiores de 16 anos. A duração aproximada é de 75 minutos. Os bilhetes custam apenas 3 euros e podem ser adquiridos no Auditório Municipal Augusto Cabrita, no Posto de Turismo do Barreiro e no Welcome Center.
Trata-se de uma oportunidade rara de ver — e sentir — a arte a acontecer em tempo real. De testemunhar como o improviso, longe de ser caos, pode transformar-se numa das formas mais puras de expressão.
Uma experiência para quem gosta de se surpreender
A Soundpainting Big Band é, em si, um convite à curiosidade. Quem entra no AMAC nessa noite não sabe o que vai acontecer — e é precisamente isso que a torna especial.
Entre gestos, sons e imagens, o público é transportado para um território onde a arte respira, reage e se reinventa a cada segundo. Não há ensaio igual, não há repetição possível.
Se gostas de música, de teatro ou simplesmente de ver algo diferente, reserva a data. Dia 22 de novembro, às 21h30, o AMAC promete transformar o Barreiro num verdadeiro palco de criação viva — onde tudo é possível e nada está escrito.



