Transborda no TMJB com “E nunca as minhas mãos estão vazias”

Transborda no TMJB com “E nunca as minhas mãos estão vazias”

O espetáculo “E nunca as minhas mãos estão vazias”, uma criação do coreógrafo Cristian Duarte, será apresentado no Teatro Municipal Joaquim Benite (TMJB) em Almada, no dia 4 de maio, às 18h. Este evento faz parte da 5ª Mostra Internacional de Artes Performativas de Almada, denominada Transborda, e promete oferecer uma experiência única que transcende as barreiras da dança contemporânea. A obra, que conta com a participação de nove artistas, traz à tona temas de resiliência, esperança e a força dos sonhos em tempos de adversidade.

A Inspiração por Trás da Obra

O título da peça é inspirado na célebre declamação da cantora Maria Bethânia, que recita um poema de Sophia de Mello Breyner Andresen. A passagem reflete a força e a determinação diante das dificuldades da vida, afirmando que, apesar das ruínas e da morte, “a força dos meus sonhos é tão forte que de tudo renasce a exaltação”.

A escolha de Cristian Duarte em utilizar esta citação não é meramente estética, mas sim uma forma de conectar a dança com questões sociais prementes. A obra propõe-se a ser um espaço de reflexão e diálogo sobre as realidades contemporâneas, utilizando o corpo como meio de expressão e resistência.

Cristian Duarte: O Coreógrafo

Cristian Duarte é um renomado coreógrafo paulista, formado no Estúdio e Cia Nova Dança em São Paulo e na P.A.R.T.S. (Performing Arts, Research and Training Studios) em Bruxelas. A sua trajetória artística é marcada pela criação de contextos inovadores para a experimentação em dança, destacando-se em projetos como APT?, DESABA, LOTE e Z0NA.

Desde 2013, Duarte é artista residente na Casa do Povo, onde tem promovido a formação e a pesquisa em dança. O seu trabalho é amplamente reconhecido, tendo recebido diversos prémios no Brasil e sendo apresentado em várias plataformas internacionais. A abordagem de Duarte é caracterizada pela busca de novas linguagens e pela valorização do repertório físico-afetivo dos intérpretes.

O Elenco e a Criação Coletiva

O espetáculo conta com a participação de um elenco diversificado, composto por Aline Bonamin, Allyson Amaral, Andrea Rosa Sá, Danielli Mendes, Felipe Stocco, Gabriel Fernandez Tolgyesi, Leandro Berton, Maurício Alves e Paulo Carpino. Cada artista traz sua própria bagagem, contribuindo para a riqueza da interpretação e a profundidade da obra.

A criação coletiva é um dos pilares do trabalho de Cristian Duarte. Durante o processo de ensaio, os artistas são incentivados a explorar suas experiências individuais e a compartilhar suas histórias, resultando em uma performance que é tanto pessoal quanto universal. Essa abordagem permite que o público se conecte emocionalmente com a obra, criando um espaço de empatia e compreensão.

A Experiência da Dança

“E nunca as minhas mãos estão vazias” utiliza um repertório físico-afetivo que procura evocar emoções e memórias. A dança é apresentada como um meio de comunicação que transcende palavras, permitindo que os intérpretes expressem as suas vivências e sentimentos através do movimento.

A obra propõe uma interação direta com o público, convidando os espectadores a se tornarem parte da experiência. A dança é apresentada como um ato coletivo, onde todos são convidados a refletir sobre as suas próprias realidades e a encontrar resiliência nas adversidades.

Elementos Técnicos

A dramaturgia do espetáculo é assinada por Júlia Rocha, que contribui para a construção da narrativa e a fluidez da performance. O acompanhamento dramatúrgico é essencial para guiar os intérpretes e assegurar que a mensagem da obra seja transmitida de forma clara e impactante.

Os intérpretes são um conjunto talentoso, composto por Aline Bonamin, Allyson Amaral, Andrea Rosa Sá, Danielli Mendes, Felipe Stocco, Gabriel Fernandez Tolgyesi, Leandro Berton, Maurício Alves, Paulo Carpino.

Iluminação e Atmosfera

A iluminação, projetada por André Boll e Santa Luz, desempenha um papel crucial na criação da atmosfera do espetáculo. A luz não apenas realça os movimentos dos dançarinos, mas também contribui para a construção emocional da narrativa, criando momentos de tensão e alívio que ressoam com o público.

Informações Práticas

  • Data: 4 de maio
  • Horário: 18h
  • Duração: 1 hora
  • Classificação: M/12
  • Preço: Entre 8€ e 10€ (Clube de Amigos: 5€)

Os bilhetes já estão à venda e podem ser adquiridos aqui.

A Importância da Mostra Transborda

A Transborda é uma mostra que visa promover as artes performativas em Almada, proporcionando um espaço para artistas locais e internacionais apresentarem as suas criações. Este evento é fundamental para a valorização da cultura na região e para a formação de novos públicos.

A realização de eventos como a Transborda contribui para o fortalecimento da identidade cultural da comunidade. Através da dança, teatro e outras formas de expressão artística, o público é convidado a refletir sobre questões sociais, culturais e políticas, promovendo um diálogo enriquecedor.

“E nunca as minhas mãos estão vazias” é mais do que um espetáculo de dança, é uma reflexão sobre a condição humana, a resiliência e a força dos sonhos. Através da arte, Cristian Duarte e o seu elenco convidam-nos a explorar as nossas emoções e a encontrar esperança em tempos desafiadores. Não perca a oportunidade de vivenciar esta experiência única no TMJB e fazer parte desta viagem artística que promete tocar o coração de todos os espectadores.

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