Nasceu no Barreiro, corria o ano de 1992, filho de Agostinho Indi, que chegou a jogar no Vitória de Setúbal com Jacinto João e que à data era operário fabril no Barreiro. Bruno, no entanto, poucas memórias deve ter da cidade,
O jogador era praticamente um desconhecido, até em 2014 se destacar no mundial do Brasil pela seleção neerlandesa, terceira classificada do torneio, tendo sido titular no lado esquerdo da defesa em 6 dos 7 jogos disputados, incluindo na vitória por 5-1 à Espanha e no 0-3 ao Brasil, no jogo de terceiro e quarto lugar.
Foi por isso com grande expectativa que na época de 2014/15 o Futebol Clube do Porto de Julen Lopetegui contratou o central ao Feyenoord por 7,7 milhões, e se na primeira época não desiludiu (apesar de também não ter encantado), na segunda as coisas azedaram e acabou por ser transferido no ano seguinte para o Stoke City, então na Premier League, pelo mesmo valor pelo qual foi contratado. Seguiram-se dois anos na primeira divisão inglesa e mais três no escalão secundário, após a descida do Stoke, mergulhando gradualmente no esquecimento.
Se em 2014, Bruno Martins Indi brilhava no trio defensivo holandês e saía com um digno terceiro lugar do Brasil, em 2018, não só os Países Baixos falhavam a qualificação para o Mundial, como o jogador descia de divisão com o Stoke. Em apenas 4 anos, passou de uma das maiores promessas da defesa holandesa, a um jogador esquecido.
Hoje, com 31 anos (sim, só) é suplente no AZ Alkmaar, onde partilha balneário com outro neerlandês que não deixou saudades no Futebol Clube do Porto, Riechedly Bazoer (quem? Pois… vão ao google e vejam se se lembram). Todos sabemos o quão cruel pode ser o mundo do futebol, mas não deixou de ser engraçada a história do rapaz do Barreiro, a disputar uma meia final do mundial de futebol pela laranja mecânica.