As alterações climáticas são um dos temas mais discutidos e importantes da atualidade. Cada vez mais na ordem do dia tem estado a ação climática e o que todos podemos fazer, a título individual ou coletivo, para diminuir a nossa pegada ecológica. Várias associações, como a Quercus, por exemplo, procuram sensibilizar o público para esta problemática e para a adoção de medidas que visem diminuir o impacto ambiental de cada um de nós. Como forma de incentivar e estipular metas para o combate às alterações climáticas, a Organização das Nações Unidas (ONU) propôs a todos os países Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Recentemente, todos os municípios do nosso país foram avaliados quanto ao cumprimento destes objetivos. Setúbal obteve o segundo patamar mais elevado no alcance destas metas.
Uma equipa composta por elementos do Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável, do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, do MARE (pertencente à Universidade Nova de Lisboa) e da start-up tecnológica 2adapt analisou várias regiões e municípios no âmbito da Agenda 2030 das Nações Unidas tendo a partir dos dados obtidos produzido um relatório para a Plataforma ODSlocal, na qual pode consultar os valores obtidos.
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos são 17, mas para os cumprir são necessárias alcançar 169 metas incluídas na Agenda 2030, pode ler-se no relatório.
Dos 248 indicadores propostos para monitorizar estas metas, a Plataforma ODSlocal selecionou 130 indicadores de referência para os 308 municípios portugueses adaptando 119 metas à realidade local portuguesa. Para cada um dos indicadores existem valores base (relativos a dados do ano 2015), valores-meta, a serem atingidos no ano 2030. Tendo em conta estes dados e os valores atuais, o relatório procura avaliar o desempenho dos municípios numa altura em que estamos sensivelmente a meio deste período de 15 anos a ser considerado.
Neste momento, o concelho de Setúbal apresenta um valor médio entre os 55 e os 61 por cento numa escala que avalia os valores meta já atingidos e/ou ultrapassados. A autarquia realça ainda que a acompanhar estes números, dez projetos e cinco boas práticas elegíveis foram avaliados pela plataforma e assumem uma particular relevância para o cumprimento da Agenda 2030.
Estas são boas notícias para um país e um mundo que se querem cada vez mais verdes. Todos podemos fazer a nossa parte na ajuda à preservação do meio ambiente e no combate às alterações climáticas e a Margem Sul parece seguir num bom caminho.
